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Simplesmente complicando


"Mas senhor roteirista, eu até consigo escrever as histórias, elas só não ficam dignas de palminhas suaves e elegantes. E agora?"
Bom meu caro, a resposta é simples. Não perca seu tempo escrevendo... [beberica uma taça de refri] ... até ter certeza que será merecedor de palminhas suaves e elegantes... como chegar lá mesmo se só tens histórias simples? Que bom que perguntou, pois aqui irei ajudaivos a chegar lá com uma dica que facilitará a sua vida... complique a coisa toda.

Se você teve uma ideia e teme que ela seja simples, é porque ela provavelmente é, pois é assim que todas elas nascem, o trabalho que você põe nela é o que vai fazer a coisa se embacanar. Ter a ideia é o primeiro passo de muitos, e um dos mais difíceis, por isso quando as temos, nos empolgamos, e isso é um erro, pois escrever uma história simples é um bucado fácil, então acabamos metendo a mão na massa cedo demais, quando deviamos ter parado e nos perguntado coisas como:
"Essa ideia é realmente boa, ou só estou empolgado?"
"A história é coerente?"
"Ela tem uma mensagem coerente?"
"Como a mensagem interage com os personagens que não o protagonista?"
"Qual o tamanho da aposta da ideia?" (~o quanto ela precisa que o leitor goste de "tal coisa" para gostar do roteiro?)
E muitas outras que estou com preguiça de pensar agora... deu para ver a intenção das perguntas? Elas vão dar uma esfriada na empolgação, te fazer encontrar profundidade na ideia, abrir a porta para novas ideias para incrementá-la... e tornar a coisa bem mais difícil de escrever.

Pronto, ideia não simples pronta... hora de escrever? ... hum... nope. Hora de complicar mais ainda ao fazer perguntas não relacionadas a ideia como um todo, e sim suas partes. Segue mais exemplos, supondo que já tenha alguns momentos da história em mente:
"Qual a intenção/objetivo desse momento para a história como um todo? Ele está trabalhando a favor do climax?"
"De quais outros pontos de vista esse momento pode ser contado? Qual é o mais interessante?"
"O objetivo desse momento pode ser completado de algum outro modo menos simples?"
"E se ao invés de avançar direto nesse momento eu criar uma mini história para concluir/complementar o objetivo dele?"
"O final é satisfatório? Faz sentido? Está coerente? E como o leitor vai se sentir ao terminar?"
... e muitas outras coisas, preguiça, blablabla... as mesmas intenções de antes, com um extra de unir a coisa toda como um todo bem feito e abrir as portas para jeitos diferentes de contar a danada.

Feito tudo isso, hora de se fazer perguntas enquanto escreve... vou confiar que entendeu a ideia e é capaz de pensar nas suas próprias.

Mais uma coisinha que esqueci de falar e estou com preguiça pela terceira vez para editar então vou usar de mensagem final.
Não se sinta mal se tiver uma ideia simples, afinal "todas ideias bacanudas foram, em sua infância, simples"... talvez tenha exagerado ao dizer todas, mas a intenção na verdade está nas entrelinhas que gritam "todas ideias bacanudas deram um trabalho dos infernos pra fazer", e isso é um fato e nem de longe um exagero. Então deixa de preguiça e dificulte sua vida, mas não se esqueça de viver [sorriso] ... [para de sorrir] entenda disso o que quiser... estou com preguiça de explicar... e de justificar a piadinha com as palminhas suaves e elegantes hehehehehe

Novos roteiros dignos de palminhas.

Grand Kingdom's Brawl:
Capítulo 044: Como atrair um Shuten.
Página da série: Grand Kingdom Brawl.

Strength 101:
Capítulo 05: Life Tree Island - parte 2.
Página da série: Strength 101.

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